Google+ O Riso e o Siso: abril 2014

terça-feira, 15 de abril de 2014

O riso e o siso ao redor do mundo

Por Camila Almeida



É legal ser diferente e chamar atenção na rua, no metrô e em todo lugar que se passa. Mas chegar em Hong Kong e encontrar um bando de ocidentais circulando pela cidade, almoçando nos mesmos restaurantes e dividindo o vagão do metrô com você, me fez sentir um alívio que eu não esperava. 

Em Guangzhou nós éramos atração na rua, e eu nunca tinha me sentido tão repreendida antes, ao ponto de voltar ao hotel para trocar de roupa porque de 20 pessoas que cruzaram o nosso caminho, 19 olharam pra nós como se fossemos uns E.T.s. E eu nem estava usando nada muito curto ou decotado. Por causa disso inventamos uma brincadeira de contar os ocidentais que vemos pela rua. 

Macau, Hong Kong e o redor da china são tão próximos um do outro e ainda assim é impressionante como é só cruzar a 'fronteira' e as pessoas param de falar inglês. Na china nem mímica funciona direito. Você atravessa a fronteira e em Hong Kong é tudo em inglês. Eles até têm daqueles ônibus de dois andares como Londres. A mão do trânsito também muda, fica do lado errado como em Londres. Daí você atravessa o canal e mistura tudo, tem placas em português, pessoas falando em chinês, uma loucura.
Mesmo depois de tanto tempo morando fora do Brasil e de ter viajado para vários lugares onde se fala e não se fala inglês, eu ainda hoje me surpreendo ao ver o quanto o inglês é uma língua universal, essencial para quem quer desbravar o mundo. Já pensou se eu chegasse aqui na china tentando falar português com a chinesada? Aí é que morria de fome mesmo. E passar fome aqui na Ásia acho que tá incluso no pacote né?

terça-feira, 8 de abril de 2014

Aventuras na China

Mandamos nossos correspondentes de guerra (isso mesmo, agora o blog tem correspondentes internacionais!) cobrir eventos na China, quem sabe um campeonato de kung fu, uma emocionante partida de pingue-pongue, ou uma bronquite por causa da poluição. Só não pode pegar gripe. É engraçado, se eu compro um eletrônico chinês, é meia-boca, não funciona direito. Mas pega uma gripe lá: morre milhões. A única coisa que funciona bem na China é desgraça. Enchente, doença e terremoto, você tem garantia que vai funcionar. Meu mp3 da Galeria Pagé tinha tles meses de galantia. Tocou por duas semanas, parou e “plonto não tem mais galantia”. A maior parte dos eletrônicos param de funcionar rápido. Aí eu penso: os caras mandaram um foguete pro espaço há pouco tempo, astronauta chinês tem que ser sangue no zóio! Virado no Jiraya.

É claro que os correspondentes estão lá para produzir a mais rica informação e troca cultural com os leitores do blog. Mas quem quiser encomendas, me procure no inbox que proporcionaremos, também, maravilhosa troca de riquezas.

Sem mais delongas, queridos leitores, essa é a primeira foto, onde nosso casal mostra, feliz, o kitinete alugado. Vemos, ao fundo, que além de dourado, há bastante portas e não é para arejar de ar poluído. Cada porta é a moradia de uma família diferente. Mas não se preocupem, pois nossos correspondentes estão graduados na yoga e no tai chi chuan para conseguirem dormir em pé.

Por favor, não estranhem o terceiro elemento na foto, ele não é exatamente um familiar. É apenas uma criança estranha, encontrada no caminho e que havia se perdido dos pais. Nossa fotógrafa explica: “acho que ele tem sérios problemas de dicção, pois não consigo entender uma palavra do que ele diz. Nem quando ele parou de chorar entendíamos. Acabamos comprando essa camiseta marrom e a bermuda bege, de presente, e ele parou de chorar”.