Bom, eu parei de escrever em algum ponto da Tailândia. Tive meu celular roubado e por isso me perdi nos fatos. Desanimei de escrever no papel e caneta.
Ah... A Tailândia! Que saudades. Meu estilo de vida super Ocidental está dando muito mais pontos pra Tailândia no quesito: de qual pais você mais gostou?
Bom, mas a experiência no Vietnã foi super legal, o Vietnã é um país com belezas naturais e cheio de histórias pra contar. Mas pra ser sincera eu fiquei um pouco aliviada de sair de lá e vir para o Camboja. Eu sei que meus sentimentos em relação ao Vietnã estão todos relacionados ao impacto do primeiro dia e sei que talvez daqui a algumas semanas eu tenha uma outra opinião sobre esse assunto.
As primeiras horas em território vietnamita foram um pouco (in)tensas. Já no aeroporto da capital, Hanói, houve uma tensão porque havia uma taxa de visto a ser paga e eu não tinha dólares nem a moeda local, só euros. Não aceitavam cartão, a foto que eu trouxe tinha sido despachada na mala errada, enfim, resolvidas essas tensões primárias e passageiras, visto concedido, é hora de descobrir como chegar à cidade. Já na porta do aeroporto é fácil descobrir: você se depara com um milhão de motoristas de táxis, ônibus, tapete voador querendo te levar ate a cidade. Eu, óbvio, fui pela opção mais barata, o ônibus, que era mais uma van (ou uma lotação para os mais inteirados no assunto) e não é que o ônibus já me quebra nos primeiros 500 metros de rodovia? Simplesmente parou de funcionar. E quem teve que 'dar uma mãozinha'? Era uma van de tração animal. A gente paga pra ser levado e acaba tendo que levar. Tudo é ao contrário... ainda bem que eu não tava comprando comida. Ok, é claro que eu não reclamaria de empurrar uma van numa rodovia, desde que o trânsito não fosse aquele de Hanói. Você sabe do que eu estou falando? Pergunte ao Google, ele sabe.
Problema inicial de transporte resolvido; hora de fazer o check in no hotel reservado alguns dias antes, através daquele famoso site de hospedagem barata.
-Oi eu gostaria de fazer o check in. Meu nome é camila
-Camila ? Você reservou online?
-Sim, e já até paguei um depósito.
Depois de olhar umas dezenas de vezes a frente e o verso de um mesmo papel:
-Mas por qual site?
-Hostelworld.
-Hostel o quê?
-Você não tem a minha reserva aí né?
-Quanto você ia pagar no site?
-Dezoito dólares, mais o depósito que eu já paguei.
-Ah, toma, esse é seu quarto.
Subindo as escadarias até o quarto e último andar, a porta do nosso quarto era menor que as dos demais. Estranho. Mais estranho ainda era dentro do quarto. O teto era tão baixo que o Elton não conseguia ficar em pé sem dobrar o pescoço. O quarto estava tão sujo que tinha fios de cabelo na cama e marcas de sangue no lençol. O lugar era tão úmido que as paredes estavam forradas de mofo. E o chuveiro não tinha água quente.
Bom, decidimos não ficar mais além daquela noite mesmo tendo conversado educadamente com a pessoa a qual nos deu aquele quarto e tentado resolver a situação. No dia seguinte mudaríamos para o hotel ao lado.
Ainda naquela noite procuramos um lugar pelas redondezas onde pudéssemos por alguma coisa dentro do nosso estômago que já não via comida há várias horas. O primeiro lugar que encontramos, ao virar a esquina, estava lotado de locais, tipicamente sentados nas cadeirinhas de plástico, baixinhas, por toda a calçada; e estavam todos muito felizes tomando cerveja e comendo um churrasquinho. De cachorro. O quê? É isso mesmo que eu vi ali na grelha? Um cachorro? Não, acho que é outra coisa.
- Ai cara$%#, parece cachorro mesmo. - e olho no prato das pessoas e a carne que as vejo comendo tem a mesma coloração da do bichinho em cima da grelha.
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