Google+ O Riso e o Siso: Se é para o bem de todos, eu fico!

sábado, 9 de março de 2013

Se é para o bem de todos, eu fico!


Por Dr Delfino Anfilófio Petrúcio *
Palhaço, páraguru-fisolofático de Quinta Categoria
PhD em Charme, Beleza, Elegância e Gostosura
Formado pela Universidade de Modéstia, com pós-especialização
em Coisíssima-Nenhuma-e-Algo-Mais
O Ministério da Paz adverte: o Riso é o maior antídoto do Medo, com efeitos colaterais terríveis contra o corrosivo Complexo de Auto-Importância
* * * * *
Como diria, depois de um bombástico arroto, o legendário Pai Ubu:
– Sei lá... mil coisas!
É isso.
Pensei até em ir até meu editor – esse tresloucado que raia a fronteira da insanidade, ao permitir-me entre seus editados – e simplesmente olhá-lo nos olhos. No silêncio estaria meu singelo e irrefutável pedido de demissão. Claro que não fiz isso. Sou louco, eu? Seria mais um paciente pra eu ter que convencer dona Bherta a tentar encaixar, ainda mais agora, que estou tão atarantado com o passamento de Chaves.
Vocês não fazem ideia de quantas pessoas tentaram o suicídio, ao imaginarem-se, assim, de uma hora para outra, sem mais nem menos, sem eira-nem-beira, órfãos do mais fundamentalista opositor do Senhor Madruga!!! Chegou-me uma senhora (sim, isso mesmo: uma senhora!) em estado de profunda catatonia. Comecei leve, com ela: apenas rápidas bofetadas no rosto, uma ação cirúrgica, que infelizmente não teve efeito algum. Então, optei por uma terapêutica ainda mediana, que, sei, não deixa de ser um mata-touro para muita gente com determinado grau de sensibilidade desenfreada: coloquei Agnaldo Timóteo na minha vitrola, homenageando sua mãe. Nada.
Então, para bom entendedor...
Em matéria de “bom entendimento” eu mando-brasa-e-não-dou-mole-mora-bicho. Quem duvida que analise meu curriculum, com tantos cursos, especializações e títulos de honoris causa que as maiores universidades do planeta, tais como Harvard, Humboldt de Berlim, a Superior de Paris, a King´s College de Londres, a USP e a de Kioto, se realmente fossem tão respeitáveis quanto apregoam, deveriam ter-me outorgado, isso sim. Mediante isso tudo, olhei para aquela pobre e catatônica senhora e apliquei-lhe o recurso mais drástico que guardo para ocasiões deste naipe: a RTC (risoterapia-de-choque), uma descarga de cócegas no suvaquinho que, no caso dela, precisou ser reaplicada atrás dos joelhos, no pescocinho e também na sola dos pés (ambos!). Deu certo.
Quando a mulher foi conduzida à saída do meu consultório por minha “secretária-colega-de-trabalho” – como ela exige ser chamada desde que esteve na presença da polêmica Eva – estava ali outra pessoa, como pudemos constatar claramente pelo grande aprendizado que ela tirou daquilo tudo:
– O Quico tem razão, dona Bherta...
– O que está dizendo, querida?
– O Homem Invisível está bem aqui!
– Você tem certeza disso?
– Sim! Eu não estou vendo ele...
Enfim.
Por essas e outras, preferi declinar da minha própria decisão de pedir as contas a meu editor e tenho absoluta certeza de que isso poupou muito trabalho de “encaixes” para dona Bherta e, também sem dúvida, para mim também, no que diz respeito a casos de extrema delicadeza como este que aqui expus.
Portanto, como diria o sapiente Zagallo mediunizando o sábio Fernando Collor de Mello:
– Duela a quien duela, ustedes vão ter que me engolir!

* Palhaço Delfino é o alter-ego de Carlos Biaggioli (biaggiolic@yahoo.com.br)

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