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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Briga de cachorro grande

Segurança para os condôminos
Cuidado para não furar a lataria!
Na reunião de condomínio, duas empresas se apresentaram para fecharem contratos de segurança. A galera lotava o salão em busca de notícias sobre o Minha Casa Minha Vida que usaram no empreendimento. 
O dono da primeira empresa se apresentou como Capitão da PM, com trinta anos de serviço, de bom porte, peito aberto, distinto e muito orgulho de seu posto. Dizia que, por ser polícial, o serviço de segurança do condomínio seria melhor desempenhado, mais segurança, mais felicidade para os condôminos, aleluia. A platéia estava boquiaberta, pensando na janta - pois foi nesse horário que se marcou a reunião - e tentava demonstrar respeito e satisfação por tão nobre presença. Era caso quase certo de que este levaria o contrato. Muitos ali alegraram-se por rememorarem momentos de prazer e sensibilidade militar durante a década de 80.
Na apresentação da segunda empresa, surgiu um senhor magro, meio torto, "caquético" comentaram alguns, cabelos pintados com tons avermelhados, muitos sentiram dó. O que um senhor daqueles poderia oferecer em matéria de segurança? Talvez mal enxergasse um trombadinha pulando o muro! Foi quando sua carteirada exigiu um maior reverenciamento: Era Major reformado da PM.
Ouviu-se um "Oohhhh".
Todos se olharam. Afinal de contas quem manda mais? Major ou Capitão? O que quer dizer reformado? Será que ele ganhou esse título depois que fez plástica e pintou o cabelo?
Pela cara do primeiro e sua exitação entre fazer cumprimento ou bater continência, o Major reformado levava a melhor. Estava claro para a maioria. O contrato mudou de mãos. E logo todos regozijaram-se, e os mais velhos puderam dar três vivas e rememorarem momentos de respeito e dignidade vividos durante a década de 70. Outros comentaram sobre a postura viril do jovem senhor, parabenizaram-no sua hombridade, saúde e compleição física.
Acontece que o Capitão realmente estava disposto a levar esse contrato e propôs apresentarem seus planos de segurança para o condomínio para escolherem o melhor.
-Certo! Minha empresa, como a sua, possui vigilância armada e motorizada, vinte e quatro horas por dia e, além disso, possuímos um sistema de sensores que detecta o carro do condômino, abrindo o portão automaticamente.
-Claro, mas isso pode gerar uma falha na segurança se não for bem vigiado. Minha empresa tem um sistema de reconhecimento facial, quando o condômino estiver no carro ele abrirá...
-Tudo bem, mas minha empresa tem um sistema que se o condômino estiver acompanhado, o que pode ser caso de sequestro, ele terá que acionar um botão para abrir o portão e, automaticamente o rosto do acompanhante é detectado e gravado.
-Sim, mas a minha empresa possui um sistema de botão de pânico, que é um alerta, para o caso de o motorista estar sofrendo sequestro. Logo uma equipe armada será acionada e cercará o veículo para impedir a fuga.
-Mas na minha empresa, a equipe que cercará o carro é uma equipe especializada, treinada pelo BOPE.
-E na minha é a SWAT!
-A minha tem granada!
-A minha tem lança morteiros...
-A minha tem minas terrestres!
-A minha tem mira laser, capaz de atirar duzentas balas por minuto sem danificar o carro dos condôminos!
Até que alguém interveio:
-Bom, senhores, eu, como síndico do condomínio, agradeço sua presença, mas nosso orçamento é bem mais modesto que isso, só queríamos interfones e portão elétrico para pedestres, já que a maioria aqui nem carro tem!

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